por Rodrigo Novak – Colunista
Oi pessoal, como vocês estão?
Agosto foi um tsunami na minha vida e estou até agora tentando juntar o que ficou esparramado. Vocês já passaram por isso? Tomaram decisões difíceis que mudariam a sua vida?
Já me deparei com esses momentos algumas vezes, isso fez com que eu entendesse um pouco o meu processo. Ele é mais ou menos assim:
- Sinto um desconforto enorme que me sinaliza que algo não está bem;
- Identifico o que me incomoda;
- Reflito sobre, levanto prós e contras;
- Tomo a decisão de mudar;
- Fico arrependido na sequência e me cobro não ter refletido mais;
- Depois vem o medo e começo a me maltratar por isso;
- Percebo que não é justo fazer isso comigo e que fiz o melhor que eu podia;
- Começo a sentir paz e alívio por ter tomado a decisão;
- Preciso encarar o novo que a vida me propõe;
- A vida começa a preencher os espaços que eu liberei com a mudança
Ufa, é como se fosse uma maratona…
Agora escrevendo essa trajetória para vocês percebo o quão desgastante é mudar. Exige de nós muitas habilidades.
Força, resiliência, lidar com frustração, com medo, ter a capacidade de se acolher, se deparar com uma instância frágil de si mesmo.
É meu amigo (a)… Mudar é para os fortes. Força menos bruta e mais sutil talvez. Sempre quando penso nisso me pergunto:
Então, por que quando eu vejo os outros mudando parece tão fácil?
Ai percebo que mudar pode transparecer fácil, mas que invariavelmente é um turbilhão dentro da gente.
Porque mudança tem a ver com o novo, e o desconhecido nos gera no mínimo um pouquinho de ansiedade.
Quando nos abrimos para novas experiências, de certa forma precisamos deixar algo conhecido para trás.
“Quando o novo aparece ainda não temos repertório para lidar, então buscamos em nossa caixinha de ferramentas alguma que sirva para a situação apresentada. Até aprendermos a interagir (nos adaptarmos) com o novo cenário, é provável que a gente se depare com autocobrança e estresse.”
Rodrigo Novak
E, por fim, temos o luto de algo que se encerra. Para alguns mais perceptível, para outros menos. O que difere aqui é a percepção, não o luto 😉
Se pensarmos bem, é um processo de morte né? Algo acaba para outro algo surgir. Nem melhor e nem pior, apenas diferente.
Após isso tudo, que cansaço, a paz é instaurada e a vida vai preenchendo os lugares desocupados com novidades, frescores e desconhecidos.
E aqui talvez nos seja exigido enfrentarmos o nosso último desafio – confiarmos que o melhor acontecerá.
Importante: essa gincana toda é o que faz a gente se mover, e movimento é saúde.
Bom setembro para nós \o/
Sobre Rodrigo Novak
Rodrigo Novak é comunicólogo, estudante de Florais de Bach e futuro psicólogo.
Residente de Curitiba (PR), gosta de encontros demorados e acredita no poder da qualidade em relação à quantidade.
Qual tema de vida te aflige? Mande um hello para o colunista no email orodrigonovak@gmail.com