por Ana Carvalho
- Remédio para acordar.
- Remédio para dormir.
- Remédio para sorrir.
- Remédio para suportar o trabalho
- Remédio para ter bom humor
- Remédio para não ficar eufórica demais
- Remédio para calar a espontaneidade das crianças.
Você já reparou quanto medicamento está por aí para cuidar da saúde emocional e saúde mental das pessoas?
Não estou fazendo a apologia ao abandono dos remédios. Não seria leviana a esse ponto. Só digo que ele não é suficiente para nos tirar do buraco, do vazio, da tristeza, da nostalgia, da agressividade e de outros sentimentos que são nossos.
Ser a esfinge de nós mesmos
E, sendo nossos, somos aqueles mais interessados em nos decifrar. E, quando a gente começa a sentir nojo do modo como estamos, começamos a partir para o autoconhecimento. Esse é o único caminho possível para manter uma certa sanidade em meio ao mundo que é da ordem do caos.
Por isso, falo por experiência própria que não há remédio que cure nossa tristeza se não partirmos para uma vivência conosco no mais profundo do nosso ser. Esse caminhar é sozinho, é só seu, está nas entranhas e talvez ao ler esse texto era o que você estava esperando, como um sinal, para iniciar a viagem mais importante da sua vida: ao seu interior.
Eu fiz – e faço – essa viagem constantemente. Até ganhei um apelido por isso: a eterna buscadora. E que satisfação de ser assim.
Isso é sinal de que nunca estamos prontos, somos da ordem da falta como diria a minha psicóloga Maria Carbonar.
E hoje, com o conhecimento de formações, como o reiki e a Constelação Familiar Multiespécie, sei que a caminhada é eterna. E daí?
Perfeição: a eterna ilusão
É ilusão acharmos que um dia seremos perfeitos, porque a perfeição é chata, não nos dá possibilidade de fazer diferente, de pensar possibilidades, de termos satisfação pela superação das nossas próprias sombras.
Perfeição é o ego querendo que você não faça nada. Afinal, se a perfeição não existe, por que se dar ao trabalho de se conhecer e quem sabe aos poucos reduzir o ego ao pó.
Além dos remédios, “ingeri” as terapias integrativas
Na trajetória do autoconhecimento, cada um trilha o seu caminho. O meu foi a busca das terapias integrativas além do cala-boca chamado remédio, que, claro, nos traz efeitos, mas eles não são perenes.
Medicamentos tratam o sintoma, enquanto as terapias integrativas vão lá na raiz. Talvez por isso como terapeuta eu encontre muita resistência ao convite para uma sessão de reiki ou de constelação familiar multiespécie. Constato isso também entre os colegas.
Autoconhecimento é para os fortes
Claro, porque ir ao encontro de si mesmo no espelho da alma é desafiador. Talvez não sejamos tão bonitos como aparentamos. Sim, somos algozes e não só vítimas como achávamos. Somos maldosos ao sequestrar o amor dos outros pelo medo.
Autoconhecimento é para aqueles que batem no peito e se descortinam de corpo, alma, sem maquiagem, roupa ou máscaras
Ana Carvalho
Por isso, a zona de conforto é mais quentinha e segura, mas se lançar ao autoconhecimento é para os fortes. Para aqueles que batem no peito e dizem: vou me descortinar de corpo e alma, puro pelo, sem maquiagem, sem roupa nem máscaras.
Morra para renascer nessa vida mesmo
Você está mais perto ou longe desse caminho? Esse é um convite. E posso te garantir que enfrentar seu pior também revela o seu melhor. Constatar a morte de si mesmo e dos seus comportamentos que hoje não fazem mais sentido é de uma alegria imensurável.
Permita-se viver e se conhecer. A travessia do caminho é tão gratificante quanto chegar ao seu objetivo. Curtir o caminho de cada pedra removida do seu caminho é mais potente para seu crescimento como ser humano. Vai por mim.